DO DESAPEGO

Aviso: comece já seu desapego
Mais um apelo neste mundo de apelos,
verdade.
Não ligue para isso, aproveite
enquanto há viço e deleite,
vida, dádiva.
É bem difícil abrir mão assim
dizer não ao sim constante
e ser cortante e suave.
Abra mão, então, deixe.
Zelo e cautela são carícias e aconchego,
proteção não é segurança
e enquanto a mão ávida
agarra todo bem,
o pé desapegado dança
sobre a terra nua.
Terra que é minha,
terra que é tua,
de ontem, hoje e além
terra de todos nós
e ninguém.
Desapego sem esforço,
sem ego.
Entrega
como na expiração.
Suspiro
de aceitação.

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